quarta-feira, 7 de abril de 2010

Entenda o que é a síndrome do bebê sacudido

Um chacoalhão em bebês é extremamente prejudicial para a saúde deles. Esse ato, também conhecido como a síndrome do bebê sacudido, em geral acontece em casos extremos, quando a criança sofre agressões num momento de descontrole de quem está cuidando dela e a balança com força pelos braços, num movimento para frente e para trás sem apoio da cabeça.

“O bebê pequeno tem a cabeça maior que o corpo, com o pescoço mole, sem a musculatura bem desenvolvida. Ao fazer movimentos bruscos, de extrema aceleração e desaceleração, podem ocorrer lesões cerebrais”, diz Márcia Sanae Kodaira, pediatra e coordenadora médica da unidade de emergência e internação do pronto atendimento infantil do Hospital Santa Catarina(SP).

Porém, em casos mais raros e sem a intenção dos cuidadores, isso pode acontecer. Um dos exemplos é de quando o bebê engasga e, no desespero, os pais o sacodem para que volte a respirar normalmente. Uma das maneiras para ajudar o bebê a soltar o leite que por acaso voltou e virá-lo de lado, nunca balançá-lo com força.

As sequelas podem ser transitórias ou definitivas. Segundo a especialista, muitas crianças podem ter retardo de desenvolvimento neuropsicomotor, surdez e até lesões oftalmológicas sem que nunca o diagnóstico seja relacionado às sacudidas bruscas. Em 30% dos casos, o bebê pode morrer.

Mas fique calma e não confunda! A síndrome do bebê sacudido não tem nada a ver com as brincadeiras que você faz com o seu filho, o embalar nos braços, num balancinho para bebês ou as chacoalhadas que o carrinho faz ao caminhar pelas ruas. O que faz mal é o movimento brusco, não o carinho que você dá para o seu filho.

Repostagem da Revista Crescer!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Bom pessoal neste blog estou postando algumas reportagens ou dicas da revista CRESCER... Bom para todos os educadores. Hoje estou postando:
8 itens para prestar atenção no berçário

1) O ideal é que exista um berçarista para cada três crianças.

2) Observe como é o controle de entrada e saída dos funcionários.

3) Em qualquer “entradinha rápida” você pode saber o jeito que a equipe trata as crianças.

4) Entenda mais sobre as rotinas do bebê, o que faz e se há brinquedos ou livros à mão.

5) A agenda da criança com as anotações podem ajudar muito no item acima e mostrar seu desenvolvimento – e até suas preferências.

6) Como a área verde e o tempo em contato com o sol é fundamental, veja se isto está acontecendo com frequência.

7) Nas casas com escadas, fique de olho nas condições das grades e portões. Observe também como estão os protetores de tomadas, das quinas de móveis etc.

8) O estado do bebê e dos itens dele na mala, por exemplo, dão uma boa ideia de como o berçário se preocupa com pontos como higiene.

segunda-feira, 22 de março de 2010

O que pode atrapalhar o aprendizado

Dislexia, hiperatividade, déficit de atenção. Não é fácil quando você descobre que seu filho tem um desses distúrbios comportamentais. E entre tantas questões, uma das mais frequentes é saber como será o aprendizado da criança.
Para ajudar você a compreender melhor como lidar com esses problemas no ambiente escolar, a REVISTA CRESCER entrevistou Liliane Garcez, professora do curso de pós-graduação em Educação Inclusiva do Instituto Vera Cruz.

Crescer: Qual é a principal dificuldade de alunos que sofrem de distúrbios como dislexia, déficit de atenção e hiperatividade?
Liliane Garcez: O maior problema de alunos que sofrem de distúrbios comportamentais está no relacionamento com as outras crianças e no estar na sala de aula -o que, de alguma forma, influencia no aprendizado (com exceção para a dislexia, que se refere às dificuldades em ler e escrever). Não há uma medida para saber se esses alunos vão aprender mais ou menos do que os outros.

Crescer: De que maneira conhecer o diagnóstico vai ajudar o professor a lidar com determinado aluno?
LG: Um ponto importante é não rotular o aluno de acordo com o distúrbio que ele apresenta. Duas crianças que sofrem do mesmo problema podem ser bem diferentes uma da outra. O diagnóstico vai, sim, ajudar o professor a entender melhor aquele aluno, mas ele não pode orientar apenas com base nessa definição. É preciso avaliar o comportamento da criança no dia a dia. Um aluno com TOC, por exemplo, pode trabalhar bem em dupla; já se o problema for a dislexia, o professor deve fazer com que o aluno aprenda ao máximo. Ou seja, faz parte do desafio da escola descobrir o potencial de cada um.

Outra coisa importante é a interação entre o professor e o terapeuta. Eles devem conversar, mas cada um em sua função. O ambiente escolar tem, sim, efeitos terapêuticos – já que é o espaço onde as crianças vão se relacionar com os outros -, mas é apenas um colaborador.

Crescer: E como fica a questão das regras no ambiente escolar – essas crianças devem respeitar os mesmos limites que os outros alunos?
LG: Sim, os limites na também devem existir para esses alunos. Não é por que uma criança tem transtorno bipolar que vai poder brigar com todo mundo quando bem entender. Ele precisa saber que não se pode fazer tudo o que quiser na escola.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Ordem de nascimento dos filhos influencia na personalidade deles.

Você já deve ter se perguntado por que seus filhos têm a personalidade tão diferente um do outro. Um estudo mostra que a ordem do nascimento pode influenciar, no comportamento da criança.

Para a pesquisa, realizada por cientistas das Universidades da Pensilvânia, Havaí e Purdue, foram entrevistados 364 crianças, entre 7 e 19 anos, e seus pais. O resultado do estudo revelou que os caçulas tendem a ser mais independentes e com espírito aventureiro na adolescência, enquanto os mais velhos não apresentam mudanças na característica de sua personalidade ao longo do tempo.

Segundo Rita Calegari, psicóloga do Hospital São Camilo (SP), o filho mais velho, por ser, em geral, o primeiro do casal, recebe uma carga de atenção e cuidado muito maior que os demais filhos. “Normalmente, por ser mais estimulado por adultos, anda mais rápido, aprende a falar com menos erros de linguagem. E tem também mais preocupação com os pais. É também o exemplo para os outros irmãos. Os caçulas são joviais, tendem a amadurecer um pouco mais tarde, até por muitas vezes ser visto como o bebê da casa”, diz.

Por aprender e ser estimulado com os irmãos, o caçula, afirma, se sai bem no convívio com outras crianças e, futuramente, pode ser, inclusive, mais hábil em negociações. “O irmão do meio tende a ser mais comedido e sofre um pouco pela dificuldade de definir seu papel (não é nem o mais velho nem o caçula), por ter perdido o ‘reinado’ de caçula”, diz Rita. Por outro lado, é um grande mediador entre os outros irmãos. “Não tem a pressão por ser o mais velho nem é visto de maneira tão infantil.”

Você acha que isso é um problema? Não. “As crianças vão se adaptando umas às outras com o desenrolar da vida. Claro que há o fato de dividir a atenção dos pais, mas isso não é problema. E nem todas as crianças têm ciúme com o nascimento de um irmão. Algumas ficam muito felizes perante o ganho”, afirma Rita. A especialista afirma que só é preciso intervenção de algum especialista se o casal tiver dificuldade de lidar com os filhos a ponto de a qualidade da família e o desenvolvimento da criança estiverem afetados. “Tudo é mais natural do que imaginamos.”

Amigos e amigas

Outro resultado do estudo revelou que, no início da adolescência, as meninas são mais bondosas e sensíveis se comparadas com os meninos, que só vão se igualar a elas nessas características por volta dos 19 anos. “É fato que nessa fase meninos e meninas são diferentes. Como elas amadurecem mais cedo tendem a ser mais sensíveis. Por outro lado, tudo depende da maneira como criamos e educamos os filhos. Nada impede de o menino também ser dócil”, afirma Rita.

A personalidade e interesses de ambos os sexos, segundo outro dado do estudo, também parecem depender com quem cada um passa mais tempo. Os cientistas sugerem que meninas que ficam mais com outras meninas desenvolvem características femininas, enquanto os garotos têm características mais masculinas se convivem com outros do mesmo sexo. No entanto, ambos os sexos aumentavam sua independência e espírito aventureiro se conviveram mais com meninas.

É fundamental que as crianças se relacionem não só com aquelas do mesmo sexo. Elas precisam aprender que sempre existem diferenças, e conviver com elas, seja em relação a hábitos, religião. “Quanto maior for a vivência da criança com a diversidade, mais flexível ela será no futuro”, diz Rita.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Convivência entre irmãos pode influenciar no comportamento das crianças

Os pais tentam dar bons exemplos para garantir que seus filhos sejam adultos educados e felizes. Também se preocupam com as interferências de fora da família, como o que as crianças aprendem na escola e com os amigos. Um novo estudo reforça, porém, algo que eles já suspeitavam: a influência dos irmãos é tão importante quanto a dos pais.
Por conviver nos mesmos ambientes, os irmãos acabam influenciando em situações do dia a dia, dizem os pesquisadores da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, que realizou o estudo. Enquanto os pais transmitem os valores, é com o irmão que uma criança tem mais chances de aprender, por exemplo, a ser mais popular na escola. Outra característica relevante é a idade. Caçula, irmão do meio ou primogênito, tanto faz: todos aprendem uns com os outros. O único problema é que a influência vale tanto para coisas boas quanto para coisas ruins.
A psicanalista Silvana Rabello, professora da PUC – SP, diz que essa troca de experiências entre irmãos é normal e esperada. “Mesmo os que não são amigos, desde que vivam no mesmo ambiente, influenciam um ao outro”, diz. Para fazer com que a relação entre eles seja positiva, porém, ela sugere que os pais fiquem sempre atentos aos possíveis conflitos e busquem ajuda para administrá-los, se for o caso. “Comparações, por exemplo, só aumentam a rivalidade e o ciúme."
Mas e os filhos únicos, ao perder esse tipo de relacionamento, vão ficar para trás? “Obviamente que não”, diz Silvana. “Do contrário, pessoas com muitos irmãos seriam obrigatoriamente mais felizes.” Para a psicanalista, uma saída é oferecer uma vida rica em relações humanas, o que significa incentivar as amizades da criança dentro e fora da família. Pois é assim, como reforça a pesquisa norte-americana, que aprendemos e crescemos.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A IMPORTANCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

A primeira escola não existe para substituir a babá, para apenas tomar conta dele quando você trabalha ou para preparar a melhor Festa Junina da sua vida. A Escola da Educação Infantil vai muito além.

Ei, você aí: passou do tempo de pensar que criança de 0 a 6 anos não aprende, de fato, na escola, pois “só” brinca. Também não dá mais para achar que é cedo para entender linha pedagógica, diferenciar construtivismo de escola tradicional, saber quem foi Maria Montessori, Jean Piaget ou Rudolf Steiner. Além de descobrir se está perto de casa, quando custa, como cuida da limpeza, que tipo de alimentação oferece e se trata seu filho com carinho, é hora de identificar como essa escola vão educá-lo. Pois ele aprende desde que nasce que a escola é o ambiente social mais importante depois da família.

Educação Infantil pode ser mais importante do que o curso superior? Sim. É quando a criança experimenta o prazer do aprender e começa a gostar dela (ou não). A escola aguça a curiosidade da criança e diz a ela “olha que interessante é a vida!”.

Está se achando neurótico por já imaginar o vestibular, faculdade e carreira profissional? Não se martirize. O futuro começa agora e por isso é hora de decidir se vai priorizar uma formação humanista em que se preza a criação de um ser crítico e capaz de tomar decisões ou optar por um perfil mais pragmático, em que o foco é o conteúdo, voltado para o vestibular e o êxito profissional, ou tudo isso junto se for possível, ou equilibrar.

Escolinha?

Por essas e outras, chamar de escolinha soa pejorativo. O termo não existe à toa. A sociedade demorou a entender que a infância é um período importante e as crianças são diferentes em determinadas idades. Para ter uma idéia, faz somente dez anos que o Ministério da Educação – com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases – reconheceu a educação infantil como parte da educação básica de qualquer brasileiro. Isso reflete no que é oferecido às famílias, pois, entre outras coisas, indica ser fundamental a especialização do educador. Significa que a educação infantil tem de ir muito além da “tia”, das recreações, do Dia das Mães ou das canções de Natal. O seu filho precisa estar em um local com profissionais especializados que promovam rotinas baseadas em propostas pedagógicas muito bem fundamentadas. “Escola Infantil não vive de improviso e não é um parque de diversões”, diz o Educador Marcelo Bueno, coordenador pedagógico da Escola Estilo de Aprender. Renata Americano vai além: “É um pedaço mais precioso da vida, porque é quando está se formando a identidade da criança!”.

O período se resume em estar com os outros. “Aprendem a ser e a conviver. É a fase do ‘como’: como eu escovo os dentes, como eu lavo as mãos, como eu seguro o lápis, como eu brinco, como eu corro, como eu pulo. Ou seja: ‘como sou’, ‘como devo ser’ e ‘como faço para ser’”, diz Karina Rizek do MEC. “Além do desenvolvido físico da criança, também acontece com o psíquico e o do caráter”, afirma Quézia Bombonatto, vice-presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia.